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A pandemia e os comportamentos anti sociais. Os inimigos internos

A entrada em 2021 corresponde ao começar da esperança e das expectativas positivas, face à decorrente crise pandémica.

Estamos ainda infelizmente longe do fim, no entanto a tal luz ao fundo do túnel, parece despertar com a descoberta das novas vacinas.

Entretanto, como bem sabemos – uns mais que outros – muita destruição vai ficando pelo caminho, de entes queridos que nos deixam, de empregos que se perdem, de negócios que fecham, de toda uma vida que há pouco mais de ano, parecia ter retomado o caminho positivo, após as anteriores crises económicas deste século.

Estamos no meio de uma guerra, ainda na sua fase aguda com toda a destruição daí decorrente. Como qualquer guerra, vai deixando as suas mazelas, algumas delas irreparáveis. E depois, mesmo vencida, há que lamentar o tempo perdido irrecuperável, na carreira profissional das pessoas, na maior dificuldade na absorção do ensino, nos terríveis impactos nas relações sociais e humanas, nos mais velhos, muitos dos quais não conseguem entender o que se passa, percebendo sim que o seu tempo está comprometido, que poderão ser os seus últimos anos de vida, muitos deles num ambiente de separação familiar, longe dos seus mais queridos.

Por isso, há que ter respeito por tudo o que se passa. Há que rejeitar a tese e comportamento de alguns, que estupidamente não querem levianamente aceitar o que se passa, talvez porque se achem superhomens, a quem a pandemia não toca, ou caso os atinja, que não será os afectará gravemente.

“Superhomens” que se continuam a passear “porcamente” em espaços públicos, que passeiam a trela sem o animal! (Cascais), que andam sem a requerida máscara, que insistem em se reunir em festas privadas, que continuam a fazer comícios e encontros políticos ao redor de uma mesa de restaurante. 

O que estes demonstram é um forte desrespeito por esses “velhos”, para quem o mundo não vai ser mais o que esperariam que fosse, para os seus últimos dias de vida. Desrespeito, falta de civismo, comportamento anti social, também com aqueles que na chamada “linha da frente” tentam combater a terrível doença, para o qual esses referidos superhomens, verdadeiros inimigos internos da sociedade, muito contribuem no sentido contrário, funcionando como combustível para esse fogo devastador.  

À medida que famílias dessas “superpessoas” possam ser atingidas pelo terrível vírus, talvez isso lhes possa servir para finalmente perceberem a realidade que os envolve e a tristeza e mágoa que uma situação como esta pode causar.

Precisamos de cidadãos com elevado grau de civismo, de pessoas normais, não de superhomens, verdadeiros inimigos internos da sociedade.

Carlos Oliveira

19 Janeiro 2021



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